Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eu Aurora
Eu corpo facista
de circo e de roça
ando cheia de receitas, cheia de azuis,
ando cruel com tais generosidades,
ando tragando ruas, bares e orgias.
ando me querendo sensual
ando escrota em assuntos tais,
ando pisando em palcos e precipícios e,
os apresentando à organismos mais fracos
ando rindo de longe
e sofrendo de perto, em qualidade.
Me dói andar sem política
Me enlouquece as hora de poesias
Me corrói Teresina, das formigas aos cabelos mal lavados,
o fato de não sentar na hora do sonho, no coletivo do rádio,
censurado em repassar.
Me instiga vontade de ouvir vozes antigas
ao menos na capital
E os ismos?
e o som?
e s linhas de revolução? e a sede?
Deixai ó prefeito dos olhares, sem água, sem sonho,
sem juvenil de roupas coloridas, todas as iscas de egoísmo,
até o datar final de tintas e papéis,
meu sonho, de segundo
para nós agora, num estalo:
quebras de redes, quebras de impérios, nenhuma fibra, nenhum técnico facilitar...
O nadismo, hora esquecida,
apenas o chão e o céu como teto,
a dúvida e gozo como fome e suprir-se único de manter-se,
apenas pedras, nuvens ao chão,
pipoca chovendo e crianças de bocas abertas,
talvez Cazuza...
e Chico como Deus,
um jesus novo todos os dias...
aos pés tintas para pintármos o mundo com os pés,
com o sangue de nossos amores mortos.

Azul OOoOo

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