Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

terça-feira, 22 de junho de 2010

NAZISTA FILHO DA PUTA!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010













O castelo de Kafka ergue-se sobre o mundo como última bastilha
do Mistério da Existência
Seus acessos cegos nos confundem
Rotas íngremes
partem dele em direção a lugar algum
Estradas irradiam-se pelos ares como um labirinto de fios
de uma central telefônica
através da qual todas as chamadas
mergulham no infinito insondável
Lá em cima
reina um clima perfeito
As almas dançam nuas
em grupos
e como vagos vadios
nos arredores de uma feira
Cobiçamos o inacessível
mistério imaginado
No entanto na parte de trás do castelo
como na entrada para o picadeiro de um circo
há uma fenda profunda profunda, nas muralhas
através da qual até os elefantes
podem entrar dançando..

Lawrence Ferlinguetti
(Um parque de diversões da cabeça)

Carta aos curiosos.

Dessa vez, escrevo, um registro de vários ontens,
para anos de infância à frente,
mania de roça e de Brasil, mania e manuseios de rabugentos olhos antigos que escreviam suas ruas, que anulavam com cimento suas perguntas, e de olhos fechados, evacuavam sem ritmo algo em transe, que rasgava corações e olhos.
Esta é a manhã fria, que desperta todas as imundas canções que todos não escutam.
Escrever para um todo ou só deixar fluir, mais um caos colhido na esquina que pairei, do ano presente, na data tal?
Perguntas são asas, pra mim,não sempre, porque o sempre também são asas.
O que a dia desejo ardentemente é arborizar, tocar, essa minha temperamental verdade de hoje, suicida, frágil, suicida.
Sim, revelaram a mim, que a verdade é uma asa do sempre, e que, qualquer elemento em matéria que existe ao redor de tudo aqui, nesse externo caos, que não se move, é o ponto inicial, pra sentirmos outra asa, daí entendi porque os seres, nós, húmus, humano, extras, terrestres, não invadimos os céus, a matéria desse externo espaço fudido, nos libera em libido e nos aciona em sentidos a vontade de adentrar, das línguas guardadas às covas de amores tantos, o impulso de de pensar "em paz" sempre no próximo passo, sim, só pensamos nos lugares no qual nunca saímos.
Voando prepotente agora, eu.
Voar dói,
esse sonho, o de voar, nos é dado, num desprendimento de energia de todas as fusões que aqui ocorrem,
é troca, todas as relações, são trocas, se lastimam, se estimam, se lastimam...
essa troca só é sensata ou levada, ou, finalizada,
se não nos tornássemos infelizes (por escolha) adultos.
Troca feliz, e todas as histórias de trocas, que nos felicitam em bem, são as trocas de cores e brinquedos e balas de infância,
porque os olhos inocentes e cruéis inocentes de um ser pequeno, que surgiu de um mistério, por natureza, não enxerga um continente, ou um metro maior do seu lado
enquanto gritos em clarão desmontam sal, bruma, bruma, sal.
Escrever está terremoto,
os séculos, seus moídos, seus restos e azedos...
o sou vigia, mãe de Vida, cidadã que ocorre e deixara várias vezes de correr...
Ouvinte, das descordâncias ortográficas e certeiras de Raul, e dos gritos doentes de Crazy's afins, que tomam Teresina num gole de café, tragando a mesmice, estragando o sabor, dos pés aos cabelos mal lavados.

A Tristeresina ocorre. Tempero Mental.

(Continua)

Azul Oo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

FAREJANDO!!!
Esquentando as entradas

A entrada do ar
arboriza o solar, ar, artigo e artéria, arte, armação e arder,
musica solar, o ar de manhã, em Brasil, made.
Som, flauta, que registro lastimar?
ser cerrado ou funcionar amor aos tetos cabeças experimentos?
Mimam meu ouvido, todos os sonoros 'pios'.
Assusta a Vida, diante de guerra, fome e solidão,
acalma, dilue, comprimidos de seguranças.

Lança, índio, história,
mal contada!
Beijo que trai,
o primeiro, traiu!
Tenho sangue que culpa?
que culpa?

Tintas e presenças.
pia, pia. pássaros nos pés, eles são perfeitos!
Asas, é o quê desejo.
Asas em terra redonda, que redoma!
Casa, flor,
teto, com ele.
planta, lastimo,
baby, a carta, diz:
que o acaso de um caso casual, não segura pé, nem clitóris algum!
Gozo em dedos para mim,
preciso é do teu olho, no meu nu,
aquele mais podre, aquele que mantém aquelas cordas de luas que em bandeiras sangram!
Preciso é de mãe,
mãe e filho
e tua voz, uma vez por dia,
deixando cair letras sedas minúsculas,
que completam a frase do meu útero, e geram Vida,
de entanto,
de verde,
de caldo de manhã,
de traços,
e vestígios fusões de tudo que brilhou no lugar,
e mar, e mar...
não falo de amor,
falo de ser,
o que aqui guiou a pintura ao técnico manipular de verdes possibilidades.
Protesto!
o meu pé entra na jogada, com vestidos de saudades,
Protesto!
quero à vista, o crediário de galinhas e terreiros de amor prometidos.
Misturou-se a alquimia, foi o paladar,
estante de sexos revistas,
pai e mãe, alguns do Brasil,
espaço sem escolha.


azul.

(escarro preciso) meio confuso.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

this life is not a circus where

a Tristeresina ocorre.
em cima vinil, aqui cerrados em som.

lembro de um grande acumulo, que me veio pelos lábios que não me sabiam de Durvalino, grande!

-Não use tanto adjetivo, ele é perigoso!
fiquei preocupada,desde então, anulo, me esquivo, adjetivo esquivo!
lendo "Um parque de diversões da cabeça" de Lawrence Ferlinghetti, encantada.
edição belingue, muito bom, como vento lá de cima da roda-gigante.

ele me diz sobre o poeta:

"Abre em seus passos,uma via para o outro lado do dia,fazendo além de entrechats, truques variados com os pés e gestos teatrais da pesada, tudo sem jamais tomar uma qualquer coisa.
Pelo que ela possa não ser, pois ele é o super-realista, que tem que forçosamente notar a verdade tensa..."

ouço Gal cantando "Flor do cerrado" com uma partiçipação ímpar de Gonzaguinha, que torna a levada das lembranças de blues que faltaram para ocorrer até as virações de luas, que vão ocorrer sempre.

enfim, esquiva por esses dias, trancafiada na hora de sentar no sonho.

azul OOO












Baby, longe do céu
brejo, longe do dentro
mau-humor, tira-agosto
fronte e breu, belo e sadio
lua, nova e forjada
aurora, gosto, suor e melodia
gatos e pães, cestas em seios e coxas.
gosto, repentino, lembranças floridas, indignas.
beleza, ar e facas com gumes de espelhos.
lembrança de leitura, de atlas, imagens , nuvens desenhadas.
Garcias e Qualiras.

azul OoO
De noitinha
no respingo
aurora beira
arte nu
obsessiva rotina
beijo salgado
palavrões doces
e gostos em apostas
beat's favoráveis
local aurora

Azul OoOo