Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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Há sempre um dia, em nossa vida,
Que a verdade é clara no mundo,
Aberta de avenidas,
Sempre haverão encontros com a memória.
Não há de quê, pelo obrigado não fornecido.
Quase apenas animais acuados fornecem dias que salvam eles.

azul.

sábado, 14 de agosto de 2010

Oco de manhã.

Hoje,
Eu saberia ter tudo,
Rir de tudo, do vivível ao vivível,
Eu saberia ter tudo,
Do vão ao caos, e com supertições, sempre positivas.
Eu saberia ter tudo...
Uma música dos Beatles para mim,
Uma borboleta de extimação
Um filho, sim, chamado Benjamim, que quer dizer "filho da felicidade",
Sim eu saberia.
Saberia criar musgos, cogumelos e aranhas.
Saberia não odiar olhares,
Saberia ganhar e perder pessoas, em sua primeira fala, agora e no depois de amanhã do sempre.
Eu saberia, ter tudo!
Eu saberia, não me chamar azul,
Saberia chorar, por não lembrar de sonhos.
Eu saberia ter tudo,
Saberia ter o papel, e como escrever nele,
Saberia sempre, registrar os muitos ontens.
Saberia viver, sem TV,
Saberia viver sem 'te ver' (Pra quem se sentir, tocado)
Eu saberia ter tudo,
Um espelho, e quantas pessoas colocar nele, eu saberia,
Saberia me esconder do espelho, e deixa-lo refletir só parede branca,
Eu saberia ter tudo,
Um homem, um amor, uma foda, uma lástima, e um papagaio.
Saberia escrever qualquer olho que me fosse dado.
Saberia criar e recriar, pessoas, folhas, mãos apenas.
Saberia e mereceria, ter dois deuses um em cada mão,
Pra doar a quem quer que seja, em momentos de morte.
Saberia morrer, um pouquinho todo dia, (como agora),
Se me permitissem fazer um riso em cada dia, em alguem.
Saberia sempre ficar no canto, para outro ter o foco,
Saberia, minha luz, me chega, quando preciso,
Eu saberia ter tudo,
Licenças poéticas e ausências,
Eu saberia.
Saberia ser 100 anos de solidão,
E uma noite de gozo, que valeria, por 100 sorrisos.
Saberia reiniciar, sempre.
E saberia cair, só pro inimigo se sentir bem.
Saberia ser mais eu, mais Vida.
Saberia gritar, sempre, pelo açucar que está mais caro, apesar de gostar de café amargo.
Eu saberia, eu saberia morrer no outono e recussitar na primavera,
Só pra te doar flores, (apesar de não gostar elas, fotos é que são amores!)
Saberia fotografar o silêncio vários dias,
Eu saberia ter tudo,
Dor de cabeça, de vagina, de dedo mindinho.
Eu saberia ter um mundinho, de crianças pintando com os pés.
Eu saberia ter o gole e a certeza de que vou chorar.
Eu saberia ter mil amores, e ama-los exageradamente, cada um, no seu cada ser.
Eu saberia arrumar rascunhos, e inventar pânicos.
Eu saberia, ter tudo!
Um circo, uma roça, hortinha, com cebolinha e cheiro verde.
Eu saberia, um novo blues.
Eu saberia, viver emudecida, de olhos fechados, sentido Vida.
Eu saberia, de lógicas inúteis, as passaria, as praticaria.
Eu saberia ter suor, foice e terra pra plantar.
Eu saberia ter o país no dedo indicador, e gira-lo em segundos.
Eu saberia ter meu papai de volta, me ensinando a ser filha de Iemanjá.
Eu saberia não fazer aniversário, só pra doa-lo pra Vidinha ter dois.
Eu saberia, ter duas Vidas.
Eu saberia ter, quem me aciona agora,
Eu saberia te-lo, cuidaria.
Eu saberia furar os olhos tambem, pra derramar lágrima, que não vem, por dureza.
Eu saberia ter ódio, escorrendo pelos ouvidos.
Eu saberia ter panes, loucuras, jovens e velhas.
Eu saberia que este escrito depois de um tempo de ter tudo, fica sem noção.
Tudo em muito, é sem noção.
Eu saberia, ter tudo!

Mais tudo, é opaco demais, pra felicitar.
prefiro a necessidade, ao abuso.
O condão de descobrir.
O escrito de cada fome,
A fome da raiva.

Mais eu saberia, ter tudo!


off-azul.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

I Me Mine. ouça baby. The Beatles.
Vivível?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010




Do ser.
De´pressão.


(foto:Thalita Ciana)



MEU NADA-SUSPENSO


(foto:Thalita Ciana)

Buracos abertos na previsão dos planos.

- Agora me vem suscitado no peito,
Esse vim de borboletas.
Logo aqui, agora, para quê?!

A dor final, desse conto,
Conto,
Irão se repartir, dois corações,
Um se libertará, o outro, também.
Porquê a vida é movimento, e,
Em todas as coisas, se 'entranha',
E tudo, tem o dever de estranhar.
Natural, como sorrisos em homenagens, risco de vôo, ou, trajetória de um gesto.
Porquê somos, naturais-surreais.
Porquê somos, uma parte daquelas sombras dos quintais.
Porquê a tempestade 'natural', dialoga, ao mesmo tempo,
Com a vidraça dos berçários e com o pânico dos náufragos,
Porquê algo de nós, se instala na paz daquele encontro da sombra dos troncos.
Então até lá, baby,
Até o fim do conto, até a dor final,
Até a orquestração das cores,
Entre o talento e a boca,
Esse rio deve rir,
Sem verbo ter,
O verbo "ter" é a prisão dos homens.
Desfiz um rosto *absorto,
Que não sabe, a diurna lida, de poetas,
Que se explodem, se riscam,
Para gerar escarro,
Para escarrar repassos de entrepassos,
Luas e quedas.
Ah! Devolvi uma lua narcisista ontem.

Eu só outono hoje.
Folha e vento,
Imagens com aquela cor de frio de outono.
E pra não mudar o cenário da cena de outono.
Só.
Somente só.

Fiz algo assim:

Embriago-me por ter tido filhos, com salário parco e pouco chão.
Me sinto viva
E não sei morrer,
Como quem abre o trinco de uma porta, para mais uma imensidão do ser.
A noite, escuto fluir, nas veias, eternidades amarradas,
ao não ser a que me incendeia.
Amo e desamo, o mundo acima de meu coração. o mundo cabe na palma da mão...?
O coração sempre arrasa a razão, 'parodiando'.
E me esfacelo, em tudo que digo sim, quando, deveria ter bradado o "não".
O que sabemos, e o que ignoramos,
Pouco na verdade, me adiantam.
Meu destino é sorver, os caminhos a que não chegamos,
Levar Vida na carcunda, para chuvas de pipoca.
Amar, Zelar, Produzir, de acordo com capacidades,
Ser capaz de respirar fundo sempre...

Eu.hoje.sacerdotisa de equivocos.suja.limpa.áspera.definida e imprecisa.

Porém Viva,
mais que certa.


Azul OoOo

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Presente Bloqueado

A noite, lua se solta.
Fera embriaga-se.
Luxo em mão.
Veia aberta.
Fogo tú,
Beatles tú.
Vinil qualquer tú,
Vinil qualquer um.
Volta, no sorriso,
Lembra Vida,
Lembra poros, não gozados.
Goza comigo,
que eu te torno o trago mais ausente e mais amante.
Traga comigo,
Que eu te torno, o gozo mais beat e mais livro, dos livres homens.
Goza em mim,
que torno teu Chico, Gal.
Chuvisco aurora,
e cuspo cachoeira.
mão comigo.
Guardo sorriso de tempos bloqueados, adentras?
Diz que pára o segundo desse sol, que vale.
Navalha tú.
navalha nu.
Minha orelha na tua língua, dizendo que não.
Cantando gemer.
Amanhece comigo,
Que te torno o beijo mais gostoso de café, dos últimos temporais.
Amanhece comigo,
Que te faço íntimo de todas as sortes, de todos os mapas, de todos os astrais.
Amanhece e dorme de novo,
que te faço a pessoa mais bem paga, mais feliz, mais bem resolvida, bem banhada, bem comida e bem cuidada de todas as outras.
Fica, mais um pouco...
Te dou nuca, e duas Vidas,
em baralhos de damas inocentes.
Despede-se de mim,
Beijando minhas costas,
que torno tuas mãos,
as mais coloridas e sem nome,
dos antepassados presentes.
Fala alto, Vem!
Grita baixinho, Vai!

e vai, morre como a noite agora.

AzulOooOoo

domingo, 8 de agosto de 2010

***

De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...


Terra, Caetano.


(com tempo pouco, pra escrever por aqui, sejam horas ou textos.)

(ausente, navegante, esquiva por gozos.)

"A cada transa, ficamos mais exigentes, a cada exigencia, ficamos mais sexy's, a cada dor de amor, menos amorosos e mais amantes, e quando amantes, extremamentes lambidos e escrotos, e se assim seja, extremamente humorísticos e saudáveis..."

.pulso de vida, pulso de toque, gargalhar de tipo todo, ideologia, fonte, inseto.

olho no olho do homem de elemento terra

"Terra à Vista"


azul OOoo

*

Ateu.

ah, um ter teu.
um, que seja, dentro daquela estrela, vertigem!