Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Abrigo

Os doces da minha vida
reinam nas pegadas desbotadas
de um lembrar tão sozinho.
queria os olhos de Vida
e duas vidraças de amor,
ao chegar em casa.
queria meu nu preferido de volta,
com a contagem exata dos sinais todos.
Eu não lamento,
fomento, argumento algum de falha.
tudo folha, tudo falha
nada valha
navalha.
Se rasgo tua rua,
com as linhas vermelhas de meu vestido,
tira o vestido,
e tua cabeça da janela.
embrulho orgulhos, com fitas verdes,
arborizando paz.
passeio sob a cabeça da minha ponte dor fraca
ela chocoalha
ela te ama
suporta
mais abusa
chega, entra, pega e não usa.
fatos em questão,
que dor faz, somando;saudade elevando doçura,
sobra-se muito aqui,
divide-se pouco
abrigo guardado.

azul.

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