Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Carta aos curiosos.

Dessa vez, escrevo, um registro de vários ontens,
para anos de infância à frente,
mania de roça e de Brasil, mania e manuseios de rabugentos olhos antigos que escreviam suas ruas, que anulavam com cimento suas perguntas, e de olhos fechados, evacuavam sem ritmo algo em transe, que rasgava corações e olhos.
Esta é a manhã fria, que desperta todas as imundas canções que todos não escutam.
Escrever para um todo ou só deixar fluir, mais um caos colhido na esquina que pairei, do ano presente, na data tal?
Perguntas são asas, pra mim,não sempre, porque o sempre também são asas.
O que a dia desejo ardentemente é arborizar, tocar, essa minha temperamental verdade de hoje, suicida, frágil, suicida.
Sim, revelaram a mim, que a verdade é uma asa do sempre, e que, qualquer elemento em matéria que existe ao redor de tudo aqui, nesse externo caos, que não se move, é o ponto inicial, pra sentirmos outra asa, daí entendi porque os seres, nós, húmus, humano, extras, terrestres, não invadimos os céus, a matéria desse externo espaço fudido, nos libera em libido e nos aciona em sentidos a vontade de adentrar, das línguas guardadas às covas de amores tantos, o impulso de de pensar "em paz" sempre no próximo passo, sim, só pensamos nos lugares no qual nunca saímos.
Voando prepotente agora, eu.
Voar dói,
esse sonho, o de voar, nos é dado, num desprendimento de energia de todas as fusões que aqui ocorrem,
é troca, todas as relações, são trocas, se lastimam, se estimam, se lastimam...
essa troca só é sensata ou levada, ou, finalizada,
se não nos tornássemos infelizes (por escolha) adultos.
Troca feliz, e todas as histórias de trocas, que nos felicitam em bem, são as trocas de cores e brinquedos e balas de infância,
porque os olhos inocentes e cruéis inocentes de um ser pequeno, que surgiu de um mistério, por natureza, não enxerga um continente, ou um metro maior do seu lado
enquanto gritos em clarão desmontam sal, bruma, bruma, sal.
Escrever está terremoto,
os séculos, seus moídos, seus restos e azedos...
o sou vigia, mãe de Vida, cidadã que ocorre e deixara várias vezes de correr...
Ouvinte, das descordâncias ortográficas e certeiras de Raul, e dos gritos doentes de Crazy's afins, que tomam Teresina num gole de café, tragando a mesmice, estragando o sabor, dos pés aos cabelos mal lavados.

A Tristeresina ocorre. Tempero Mental.

(Continua)

Azul Oo

2 comentários:

  1. alegrias se estimam....depois,tem sempre o mesmo fim.....se lastimam!
    e dos pés aos cabelos mal lavados

    ResponderExcluir
  2. voar doi? mas tem que se dar azas...o que seria dos sonhos se não fossem os voôs?

    ResponderExcluir