Que Horas São em Tua Burrice?

Registros de uma vigia de chuva

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem hoje seria?
alguem
você
nós
...nós... ??

Quem seria nós hoje?
E você, seria nós?
ou melhor,
ao menos seria você?

Já desatenta, retomo ao mundo das monções, ungindo cada olho que me ocorre.
Estar longe é difícil, é inútil, eu diria.
Enfim, quero logo mãos com saudades, teu olho na minha boca, subindo para os olhos, falando alguma coisa feliz.
Rastro, de alguns sorrisos teus, nada que doeu, dói sempre pela manhã, não te ver, dói muito sempre no meio dos sonhos, quando tú chega e abro os olhos pra saber se a voz é verdade.
A voz aqui dentro anda rouca, de gritar paciência á mim mesma.
Pensar se tivesse sido o contrário, não me evolui, fugo das culpas, me agarro na lembrança de um violão, e o silêncio que sempre vinha, falta tanta de cheiro no olho, ou da tua voz grave, agravando os meus problemas.
Sinto falta dos problemas, curtos, intensos, cruéis. e agora? e eles?
transformaram tua calma nela mesma?
os meus não, eles sempre foram calmos, só um pouco mimados, era só passar a mão e sorrir, que tudo ficava ausente, aliás, tudo está ausente de novo, até os problemas. Mais a cor do dia, não me chama pra fazer as pazes, o abraço grande do meu mano, não está disponível, e tem gente querendo ser ameaçado, pra não doar uma mão sequer de uma parte desse abraço, dói, dói mais vai.
O que foi dito, e posto em data, está feito.
estão sendo criadas novas formas de dizeres, de solturas, de amores.
Criadas a base de dor, de muita saudade, solta na rua, com ar de liberta, e sangue latente fuzil por amor, não há um segundo em que meu rosto vire, ou eu escute coisas bonitas, ou eu olhe pra tudo que já foi meu, e é, que não me venha na cabeça, quem deveria está ali do lado, me olhando como adolescente, me ouvindo como mulher, me tendo como a melhor facada no coração que um homem pode acessar.

meus dedos falham.
ouço demais minha razão, tudo direitinho, cabeça, olho, temporal.

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